APELO
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Apelo
(Rosângela Scheithauer) Uma coisa quero dizer Os homens já não contemplam A beleza do rio O canto dos pássaros A cor das flores O verde da mata Uma coisa quero dizer Digo agora Para que estas palavras Fiquem seladas Nas mentes de flagelos Moribundos e patéticos Que se imaginam filósofos E mal sabem soletrar O próprio nome Quero dizer e digo já Com desolada luz Pobreza de espírito Fraqueza de caráter Riqueza personalizada Nada se contempla Pois o rio seca A flor morre O canto vira gemido O sorriso fica perdido O verde é negro Em terras estéreis Mãos se fecham Corações ao abandono Morrem sem conhecer O sentido da esperança |
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